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29-04-2009

O 25 de Abril não existe contudo


Editorial - 25A

Li com gosto e relembrando os radiosos dias de Abril de 74 o relatório de operações do Cap. Salgueiro Maia (suplemento publicado pelo semanário O Ribatejo). A operação fim de regime abriu portas a um novo país, ao novo Portugal que hoje somos. O 25 de Abril fez desabrochar o que de melhor havia em nós e o balanço, podemos afirmá-lo, é muito positivo.

O 25 de Abril não existe contudo sem o 25 de Novembro, sendo que essa data é hoje quase tão importante como a primeira. Sem a segunda, tão cedo não teríamos feito parte do espaço civilizacional que mais consolidou a dignidade do ser humano, o espaço atlântico e europeu. Relembro-me também, embora na novidade dos meus 15 anos, a grande confusão que foi os anos que se seguiram à revolução. Tudo se pôs em causa, tudo se alterou de forma drástica e por vezes irracional, pelo que o 25 de Novembro acabou por ser uma etapa decisiva no reajuste democrático da revolução.

Mas hoje Portugal dá preocupantes sinais de desagregação social; dois milhões de portugueses vivem abaixo do limiar de pobreza, meio milhão de portugueses vivem o flagelo do desemprego, milhares de jovens com qualificação superior vêem a emigração como saída única. Temos uma classe média empobrecida e empresários descapitalizados e um número crescente de oportunistas.

Mas os sinais de colapso da credibilidade do sistema judicial e da justiça dos políticos são igualmente desconcertantes. Tanto oferecemos reforma e indemnização dourada a um amnistiado do terrorismo das FP25 como governo pune todos os presidentes de juntas deste país com o confisco do seu salário. Castigamos com agravo pequenos delitos mas levamos anos e anos a investigar crimes económicos de grande envergadura ou pessoas acusadas de subornos.

É indispensável que nos recentremos naquilo que é realmente importante; o bem-estar do povo e a justiça social. Nenhuma crise é definitiva pois sempre tivemos a coragem que nos permitiu continuar. Lembremo-nos de Nun`Alvares. Sem isso o 25 de Abril serve hoje de pouco.

António Granjeia*
*Director do Jornal da Bairrada


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